sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Resposta adequada a um de Outubro para metodologia FASCISTA na progressão das carreiras


“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”
Edmund Burke

Se o congelamento das carreiras foi uma medida execrável –FASCISTA – por razões que já neste espaço se explicou, o método anunciado hoje para o seu descongelamento só pode ser adjectivado da mesma forma.

A noticia de hoje com titulo, “Estado: 23 mil sem avaliação penalizados nas progressões”, demonstra bem em que estado está a Nação.
As carreiras da Função Pública foram congeladas muito antes de 2010, ao contrário do que refere o artigo do jornal Público. Existem funcionários públicos que têm a sua carreira congelada há 15 anos, exactamente pelas arbitrariedades fascistas introduzidas no sistema no tempo do sr. José Sócrates. E que, pelos vistos, continuam actuais neste governo da “geringonça”, mais FASCISTA que o regime do Doutor Salazar!
A isto Ana Avoila apenas aconselha os funcionários a recorrer da decisão! Fosse outro o governo e estaria já em acções de luta!
Em nenhum país civilizado (ocidental), onde a corrupção é residual, se conhece medida idêntica (não vale a pena os avençados comentarem o contrário porque estamos muito bem documentados), mas mesmo naqueles onde houve alguns resquícios, tiveram a lucidez para nunca apreciarem avaliações de anos de “congelamento”, como é óbvio em sociedades cujo objectivo é o do bem geral e não o prejuízo dos seus concidadãos. Outros itens são muito mais importantes. Pelo contrário, o Estado português é um dos Estados mais corruptos da Europa. Num Estado com estas características, todas as arbitrariedades, todas as patifarias são permitidas. E todos os interesses prejudiciais ao bem geral são aplaudidos pelos seus beneficiários.
Num país onde predomina um mínimo de sentido de justiça, são as instituições as responsáveis pela avaliação dos seus funcionários e não o contrário. Embora o funcionário, perante a "lei", possa pedir a sua avaliação, não é obrigado a fazê-lo. Mas a instituição deve ser obrigada a avaliar os seus funcionários regularmente, não a pedido destes, mas por imposição de excelência da mesma. Num país corrupto cola-se a responsabilidade ao funcionário e não à instituição. 
Como tal, neste caso hoje anunciado, é aos dirigentes das instituições (e não aos funcionários) que se devem pedir meças.
Se nas empresas prósperas se seguisse este sistema, em meia dúzia de meses entrariam em falência.
A este propósito é bom lembrar o seguinte: conhecemos bem, em termos históricos, os Decretos do Antigo Regime (do Doutor Salazar), que incidiam na repressão, incluindo a dos costumes. Uma professora, por exemplo, só podia casar com determinado individuo, com autorização do Ministério da Educação. E o individuo tinha de declarar que possuía rendimentos parecidos aos da consorte. Conhecemos isso muito bem, e muito mais. Como conhecemos o processo execrável das expulsões de 1935 e 1947, que incidiram sobre funcionários públicos onde se inseriam professores dos diversos graus, funcionários de diversas categorias e militares. Mas era um regime de ditadura!
Mas para que se entenda a alarvidade a que os funcionários públicos têm sido sujeitos neste regime “democrático”, em governos socialistas, convém lembrar o seguinte: em 1935 foram impedidos de prosperar, se a memória nos não falha, 34 funcionários, ou seja, 34 famílias. E em 1947, 42 indivíduos (42 famílias) – 21 professores, 10 intelectuais e 11 militares. Em suma, nessas duas purgas fascistas foram impedidos de prosperar 76 indivíduos (76 famílias).
Quantos indivíduos (e famílias) são impedidos de prosperar neste regime “democrático”, com esta medida FASCISTA?
Desta forma jamais sairemos do limiar da BANCARROTA, com o impedimento de prosperarem funcionários com as mais elevadas qualificações!
Não há ninguém dos sábios (se é que ainda os temos) que ponha cobro a estas patifarias?


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