domingo, 17 de setembro de 2017

Apresentação do livro, Mirandela Outros Falares, em Mirandela e na Torre Dona Chama


Quando um meu livro entra na fase final, isto é paginar, afinar o título, ilustrar e prepará-lo para a impressão, sou sempre assaltado por muitas dúvidas e interrogações. Será que vai ficar atractivo? Como o vai achar o público leitor? E a crítica? Depois são as apresentações que me deixam nervoso. Vou ter participantes ou irá ser um fiasco? O pior cenário penso-o sempre para Mirandela. Como quis que o livro se mostrasse na Torre Dona Chama fiquei desanimadíssimo por ser para mim desconhecida a adesão dos flamulenses à cultura. Apesar de tudo, a apresentação do livro em Mirandela era mais favorável, porque dia 3 de Agosto, os mirandelenses da diáspora já borbulhavam pelos locais mais sociais e tradicionais, antevendo-se a afluência ao «jantar de mirandelenses» e que é sempre uma montra para alguns brilharem. Certo é que depois de muitas atenções da Directora da Cultura Municipal, um pouco antes das 18H00 encaminhei-me para o Museu da Oliveira e do Azeite, sendo a apresentação do livro «Mirandela Outros Falares» o primeiro acto público. Tardou mas mostrou-se belo, a pedir meças com outros congéneres pelo mundo fora. O público amigo e amante da cultura foi chegando e o espaço do Auditório encheu-se bem até às portas. O apresentador foi o Presidente do Município, António Branco, que construiu uma narrativa do conteúdo do livro com profundidade e uma ponta de humor, tornando-se um momento alto da festa deste novo livro. Numa camisa de sete varas, era como eu me sentia e o tempo correu célere. Depois, foram os cumprimentos e os autógrafos e umas dezenas de livros voaram. Passou a primeira grande prova de fogo e o Município tinha ganho a aposta em editar este meu trabalho de seis anos. Gostava de realçar a amiga (ou amigos) que veio de Lisboa, da Assembleia da República, de V. N. de Ourém, do Porto, de Chaves, de Vila Flôr, de algumas aldeias e até do Brasil. Peço desculpa à deputada mirandelense, Júlia Rodrigues, por não se ter proporcionado tirarmos uma foto. Queria que fosse a fotógrafa amadora, Elsa, Bizarro, esposa do Carlos Cordeiro, a tirá-la. Sentir-me-ia muto honrado. Ir apresentar o livro à Torre Dona Chama foi para mim um desafio maior por ir a um local desconhecido e por sentir que tenho raízes maternas perto (Agrochão, Ervedosa e Lamalonga). Pedi à Prof.ª Celeste Pires, dos Vilares, que tratasse com o Presidente da Junta de Freguesia a forma como vissem melhor. A data caiu no dia 15 de Agosto pelas 15H30. A data fez-me tremer porque o concelho de Mirandela estava cercado de festas e romarias e a hora coincidia com o aprontar as procissões. A viagem de cerca de 170 km deu para conversar com os meus botões e concluir que só um doido aceitava aquele dia e hora. Mas, pronto, não havia nada a fazer. Depois de uma generoso almoço feito pela Prof.ª Celeste, com a sua família, os nervos não me largavam. À hora marcada o Edifício Galeria começou a compor-se e ficou praticamente cheio. O pesadelo virou magia. A festa do livro iniciou-se com um minuto de silêncio em memória do escritor Nuno Nozelos, recentemente falecido e, também, pelos flamulenses que já partiram. Segue-se um vídeo promocional da Torre, em volta da lenda de Dona Chama. Para elevar a alma um mestre de concertina dá o tom festivo. Usou da palavra o Presidente, Fernando Mesquita, para se congratular com o evento. O Vice-Presidente do Município, Rui Magalhães, faz uma elevada e generosa apresentação. A Prof.ª Celeste referiu organização do evento e falou sobre o autor. A minha intervenção foi sobre o livro, a feitura e o grafismo em que as fotos antigas e o texto têm narrativas que se completam e valorizam. A amiga, M.ª Helena Pires Mariano, encarregou-se de fazer desaparecer os livros de mão em mão e a quem estou muito grato. Seguiram-se os autógrafos e um generoso d’honra. Terminada a sessão fui com a parte da minha família para Lamalonga onde os meus primos Pinheiros (Fernanda, Berta e Raul) tinham uma lauta merenda para comemorarmos até ao sol se ter ido deitar. Agradeço ao Município de Mirandela e ao Presidente, António Branco, o terem editado «Mirandela Outros Falares» e o muito apoio recebido, ao ponto de me sentir emocionado e muito grato. Grato, ainda, estou à Torre e ao seu Presidente, bem como a todos os que na Junta e no Município colaboraram nestas duas iniciativas. Para o meu livro estão desenhar-se mais três apresentações nas Casas de Trás-os-Montes e Alto Douro de: Lisboa, Porto e Braga.
Jorge Lage – jorgelage@portugalmail.com – 21AGO2017

Provérbios ou ditos:

Setembro deriva do latim «september», por ser o sétimo mês do antigo calendário romano, que começava em Março.
      Não valer uma água de castanhas!
      Quem se aluga no S. Miguel, não é senhor de si quando quer.
      Enquanto a verdade aperta os sapatos, a mentira dá a volta ao mundo.

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