segunda-feira, 24 de abril de 2017

Não saimos disto - Palrador de papalvos


Dizem-nos que o dr. Miguel Sousa Tavares, anda por aí há vinte anos a dizer a mesma coisa – a espalhar o discurso que apenas interessa aos do costume.
Parece que o cavalheiro escreveu coisa. Daquela boa para os papalvos. E dizem que foi prosa da boa. Então que disse esta douta cabecinha? Disse, por exemplo, que nos documentos apresentados por este governo para o Plano Nacional de Reformas e Plano de Estabilidade, está prevista uma retoma da economia e dos rendimentos através das despesas do Estado. E acrescenta a mesma cabecinha que estas são medidas que o anterior Governo (o de Passos e Portas, entenda-se) prometeu e não cumpriu. Nomeadamente “reduzir o défice por via do corte da despesa pública e não pelo aumento da carga fiscal”.
Prosápia tem este cavalheiro, mas para papalvos que não distinguem uma vírgula de um ponto final. Ninguém disse a este cavalheiro que o tal governo de Passos e Portas tinha previsto (por imposição da Troika e do Tribunal Constitucional) a retoma dos rendimentos não em dois anos, mas em quatro? Já alguém explicou a esta cabecinha pensante que a retoma da economia em 2015 era maior que em 2017? Façam o favor de explicar, para que o cavalheiro não debite prosa inútil! E expliquem-lhe que a austeridade está igual a 2011. Para a maioria dos portugueses, é claro. Para ele não, como é evidente. Nem para ele nem para os do costume.
E parece que também disse outra coisa assombrosa: da bancarrota financeira, o anterior Governo acrescentou a bancarrota económica do país.
Esta é de cabo de esquadra! Até o mais papalvo sabe que a bancarrota financeira e económica, foi originada pela governança de José Sócrates (por essa razão cá tivemos a Troika em 2011), aliás bem defendida pelo cavalheiro. O sr. Tavares foi, de facto, o mais acérrimo defensor daqueles que provocaram o actual estado deplorável do país. Económico e social. Quem mais defendeu as politicas escabrosas de Maria de Lurdes Rodrigues? O sr. Tavares. Quem tentou ludibriar no comentário as atitudes escabrosas de José Sócrates? O sr. Tavares.
O que o sr. Tavares não explica, por exemplo, é das razões que o levaram a opinar a favor dos culpados da bancarrota e a desfavor dos que de lá nos tiraram. Parece que Passos não foi na conversa do compadre de Tavares. E Tavares sendo da área do direito, está-se nas tintas para as questões de corrupção, para comentar o que não sabe – economia e finança.
Não saímos disto. Palradores de papalvos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma ideia peregrina