Em entrevista ao jornal Público, a dona Catarina mostrou arrependimento
sobre a formação da “geringonça”, o nome designado por Vasco Pulido Valente,
para a solução governativa que surgiu após Outubro de 2015, congeminada pelos
partidos que haviam perdido as eleições; com especial relevo para o Partido
Socialista de Costa.
O que dessa entrevista se recolhe, não deitaria sumo algum, mesmo que
os limões fossem espremidos ao tutano. Qualquer "Zé da tasca" lhe pediria
explicações sobre o seu conteúdo. E qualquer asno zurraria de alegria!
A lenga-lenga do costume, tratando os portugueses por estúpidos:
“travar o empobrecimento do país”, “afastar a direita do governo”.
Madalena, Ticiano |
O maior perigo para esta “arrependida” é “perdermos todo o controlo
sobre o sistema financeiro”. Porque para esta “Madalena” tudo o resto está bem: a
capacidade produtiva do país, os salários das pessoas e o peso do Estado Social.
E com a superficialidade de quem come um
requeijão, remata com a “política do ódio”, mistura a NATO com Donald Trump e
diaboliza a União Europeia (como sempre) que “trata parte do seu povo como se
estivesse sob suspeita permanente”.
São raros pensamentos tão profundos!
E quase em nota de rodapé, o populismo do
costume: “Não às sanções, não à chantagem, Portugal é uma democracia”.
Quanto ao arrependimento em si, só cai
nele quem quer. Admite-se que alguns tenham “tropeçado” a quatro de Outubro.
Mas passados tantos meses … à segunda quem quer cai e à terceira …
A solução governativa actual é tudo o que
o Partido Comunista (PCP) e os partidos da génese do Bloco de Esquerda
almejavam desde 1976 – uma maioria de esquerda. Porque a tradição de ambos é a
leninista/estalinista (no caso do Bloco, também trotskista). Atingir o poder para modificar o mundo. Em suma, a
Revolução. Conseguida não por meios pacíficos (como defendiam alguns marxistas
moderados), mas usando a força e a coerção, como o fizeram os bolcheviques em
banho de sangue. Um ADN longínquo – de Blanqui que preservava a tradição
jacobina do terror e ditadura.
Infiltrados no Estado como agora estão
(Bloco e PCP), irão aprovar o Orçamento de 2017 sem delongas para sustentarem as
clientelas (e o oportunismo de Costa), até ao estrondo final, que se aproxima a passos largos com o
colapso da economia. Um país assim tem os dias contados. De bancarrota em
bancarrota, lá vai cantando e rindo.
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